segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O interesse pela moda que não se vê

Por Dayanni Ida
(acadêmica do 2º semestre)

Lima em entrevista aos alunos da Unic
Mestre em Design e professor na universidade Anhembi Morumbi (SP), o estilista Geraldo Lima esteve presente na noite desta segunda-feira (25), no auditório do estacionamento da Universidade de Cuiabá (Unic) para apresentação da palestra “Projetar pelo tato”.

Geraldo Lima despertou interesse pelo estudo da moda para os deficientes visuais a partir da idéia de Tony Smith, escultor americano de tendências minimalistas e projeções de cubos e autor da frase “o que a gente vê, é o que a gente vê”. Foi isso que instigou o pesquisador mineiro a buscar as reais necessidades dos atores da pesquisa. “E que eu não vejo? E o que está escondido?”, questiona o palestrante.

Estilista mostra marca Urânio em braille
A marca Urânio assinada pelo estilista foi uma forma de auxiliar os deficientes visuais “a enxergarem o que compram”. Por meio de projeções em superfícies, as etiquetas em braille facilitam a identificação da cor (mistura delas se houver), e o lado correto de utilização da indumentária. De acordo com o mestre em Design, utilizar tecidos específicos e de fácil percepção tátil contribui na valorização da vestimenta deste público alvo.

Geraldo Lima ressalta aos estudantes, especialmente do curso de Design de Moda, que é preciso estar atento “às necessidades que nos rodeiam. Cada corpo tem memória, que reconhece a qualidade dos toques que estabelece com a roupa (conforto entre peça e contato corporal). Assim como os tecidos têm características particulares que variam em funções das fibras utilizadas em sua construção, o indivíduo também as tem”.

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